Você tem que trepar com um grande número de mulheres, belas mulheres e escrever uns poucos e decentes poemas de amor, e não se preocupe com a idade e/ou com os talentos frescos recém-chegados, apenas beba mais cerveja e mais cerveja, e vá às corridas pelo menos uma vez por semana e vença se possível. Aprender a vencer é dificil - qualquer frouxo pode ser um bom perdedor, e não esqueça do Brahms e do Bach e também da sua cerveja. Não exagere no exercício, durma até ao meio-dia. Evite cartões de crédito ou pagar qualquer conta no prazo. Lembre-se que nenhum rabo no mundo vale mais do que 50 pratas (em 1977) e se você tem a capacidade de amar, ame primeiro a si mesmo, mas esteja sempre alerta para a possibilidade de uma derrota total mesmo que a razão para essa derrota pareça certa ou errada - um gosto precoce da morte não é necessariamente um coisa má. Fique longe de igrejas e bares e museus, e como a aranha seja paciente - o tempo é a cruz de todos, mais o exílio, a derrota, a traição, todo esse esgoto. Fique com a cerveja. A cerveja é o sangue contínuo, uma amante contínua. Arrange um grande máquina de escrever e assim como os passos que sobem e descem do lado de fora da sua janela bata na máquina, bata forte, faça disso um combate de pesos pesados. Faça como um touro no momento do primeiro ataque e lembre dos velhos cães que brigavam tão bem: Hemingway, Céline, Dostoiévski, Hamsun. Se você pensa que eles não ficaram loucos em quartos apertados assim como este em que agora você está, sem mulheres, sem comida, sem esperança, então você está pronto. Beba mais cerveja. Há tempo, e se não há está tudo certo também.
Bukowski - O amor é um cão dos diabos
7 de set. de 2009
6 de set. de 2009
3 de set. de 2009
Ódio
Há bastante deslealdade, ódio, violência, absurdo no ser humano comum para suprir qualquer exército em qualquer dia. E o melhor no assassinato são aqueles que pregam contra ele. E o melhor no ódio são aqueles que pregam amor, e o melhor na guerra, são aqueles que pregam a paz. Aqueles que pregam Deus precisam de Deus, aqueles que pregam paz não têm paz, aqueles que pregam amor não têm amor. Cuidado com os pregadores, cuidado com os sabedores. Cuidado com aqueles que estão sempre lendo livros. Cuidado com aqueles que detestam pobreza ou que são orgulhosos dela. Cuidado com aqueles que elogiam fácil, porque eles precisam de elogios de volta. Cuidado com aqueles que censuram fácil, eles têm medo daquilo que não conhecem. Cuidado com aqueles que procuram constantes multidões, eles não são nada sozinhos. Cuidado com o homem comum, com a mulher comum, cuidado com o amor deles. O amor deles é comum, procura o comum, mas há genialidade em seu ódio, há bastante genialidade em seu ódio para matar você, para matar qualquer um. Sem esperar solidão, sem entender solidão eles tentarão destruir qualquer coisa que seja diferente deles mesmos.
Charles Bukowski.
Charles Bukowski.
Solitário

2 de set. de 2009
Vacas na aula de arte

Bukowski - Os 25 melhores poemas de Charles Bukowski
1 de set. de 2009
Alternativa possível

Beber
E minhas próprias coisas eram tão más e tristes, como o dia em que nasci. A única diferença era que agora eu podia beber de vez em quando, apesar de nunca ser o suficiente. A bebida era a única coisa que não deixava o homem ficar se sentindo atordoado e inútil o tempo todo. Tudo mais te pinicando, te ferindo, despedaçando. E nada era interessante, nada. As pessoas eram limitadas e cuidadosas, todas iguais. E eu teria que viver com esses putos pelo resto da minha vida., pensava. Deus, eles todos tinham cus, e órgãos sexuais e suas bocas e seus sovacos. Eles cagavam e tagarelavam e eram tão inertes quanto bosca de cavalo.
Bukowski - Misto Quente
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