30 de ago. de 2019




"Portanto, caros leitores, 
se me derem licença, 
vou voltar pras putas, 
pros cavalos e pra garrafa enquanto há tempo. 
Se isso contribui pra gente morrer, 
então, pra mim, 
parece bem menos repugnante 
ser responsável pela nossa 
própria morte de que qualquer 
outra modalidade que ande por aí, 
disfarçada com rótulos 
sobre Liberdade, Humanidade e/ou qualquer outra 
espécie de Papo Furado."


Buk

16 de ago. de 2019





Podia ver a estrada à minha frente. Eu era pobre e ficaria pobre. Mas eu não queria particularmente dinheiro. Eu sequer sabia o que desejava. Sim, eu sabia. Queria algum lugar para me esconder, um lugar em que ninguém tivesse que fazer nada. O pensamento de ser alguém na vida não apenas me apavorava, mas também me deixava enojado. Pensar em ser um advogado ou um professor ou um engenheiro, qualquer coisa desse tipo, parecia-me impossível. Casar, ter filhos, ficar preso a uma estrutura familiar. Ir e retornar de um local de trabalho todos os dias. Era impossível. Fazer coisas, coisas simples, participar de piqueniques em família, festa de natal, 4 de julho, dia do trabalho, dia das mães... afinal, é para isso que nasce um homem, para enfrentar essas coisas até o dia da sua morte? Preferia ser um lavador de pratos, retornar para a solidão de um cubículo e beber até dormir.

Cada vez mais descobriremos nossas próprias verdades e nosso próprio modo de falar, e essa nova voz estará despojada de velhas histórias, velhos costumes, de sonhos velhos e inúteis...

Bukowski.

6 de ago. de 2019







luto para entender a essência do meu tempo.
isso não significa que eu não possa relaxar
e tirar uma hora de folga mas deve ser
minha escolha.

lutar por cada minuto é lutar pelo que é possível dentro
de você, de modo que sua vida e sua morte
não sejam iguais às delas.

não seja como elas e você irá
sobreviver.

minuto a minuto.