23 de jul. de 2010

Cerveja

Não sei quantas garrafas de cerveja consumi esperando que as coisas melhorasse.
Não sei quanto vinho e uísque e cerveja, principalmente cerveja consumi depois de rompimentos com mulheres
Esperando o telefone tocar
Esperando o som dos passos, e o telefone nunca toca
Antes que seja tarde demais e os passos nunca chegam
Antes que seja tarde demais.
Quando meu estômago já está saindo pela boca elas chegam frescas como flores de primavera:
"Mas que diabos você está fazendo? vai levar três dias antes que você possa me comer!"
A mulher é durável, vive sete anos e meio a mais que o homem, bebe pouca cerveja porque sabe como ela é ruim para a aparência.
Enquanto enlouquecemos elas saem, dançam e riem com caubóis cheios de tesão.
Bem, há a cerveja, sacos e mais sacos de garrafas vazias de cerveja e quanto você pega uma, as garrafas caem através do fundo úmido do saco de papel rolando, tilinando, cuspindo cinza molhada e cerveja choca, ou então os sacos caem às 4 horas da manhã produzindo o único som em sua vida.
Cerveja, rios e mares de cerveja, cerveja, cerveja, cerveja.
O rádio toca canções de amor enquanto o telefone permanece mudo e as paredes seguem paradas e estáticas, e a cerveja é tudo o que há.
Bukowski - O amor é um cão dos diabos.

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